15 de nov. de 2014

Projeto Deslenda

Este projeto foi desenvolvido a partir do Trabalho em sala de aula sobre Folclore realizado pela professora Michele Lidiane da Silva com os alunos do oitavo ano do Ensino Fundamental II da escola Hely Lopes Meirelles de Ribeirão Preto. O Trabalho consistia na recriação, por parte dos alunos, da Lenda do lobisomem. O texto foi publicado originalmente no blog Mike Łٳ†€rά†μى no dia 29/08/2014.
Projeto Deslenda: O Lobisomem
Sentado a sua mesa de escritório, fazia suas contas: cartões, supermercado, toda a frivolidade rotineira que nos é empurrada goela abaixo.
Pensava em sua vida antiga, era mais fácil ser caçado, pelo menos sabia que a qualquer momento poderia receber uma bala de prata no peito.
Sim. As histórias, lendas e mitos sobre ele nem sempre foram certas, contudo nem sempre erradas. A bala de prata, verdade; apesar que também poderia ser de ouro ou qualquer outro minério com exceção do chumbo. Comer crianças não batizadas, verdade também; se bem que as batizadas ele optou por não comer, pois começou a dar-lhe indigestão depois de se converter ao catolicismo. Ter sido o sétimo filho, mentira, ou verdade; nem ele sabe ao certo sua origem.
Sobre isso, a teoria de alguns estudiosos seria a que ele poderia ser uma espécie que, ao invés de evoluir do macaco, evoluiu dos lobos. Mas o fato de ser o único lobisomem existente dos últimos milênios descartaria tal possibilidade.
Outra teoria aceita é a de que ele poderia ser um extraterrestre desmemoriado e perdido na Terra.
Seja lá como for, Roberto, que não mais gosta que o chame de lobisomem, optou por parar de ser lenda, cansou de ser perseguido e de ver filmes e versões das mais variáveis e ridículas sobre ele.
Casou-se com Ana, mulher humana. Quando juntos na rua recebem olhares horrorizados, fingem que são por medo dele, mas no fundo sabem que não.